domingo, 12 de julho de 2009

Paixão...?!


Aquela arvore ali nunca se apaixonou, provavelmente nem aquele senhor que engraxa o sapato do homem apressado, que nunca se apaixonou. E o vendedor de jornais grita as manchetes e faz graca pra mulher bonita com flor no cabelo, que passa apaixonada, pensando no jantar do marido.
A moca que me traz o cafe fala do tempo, e do homem engravatado, assaltado pelo homem de arma que nunca se apaixonou, ou por aquele pai que ama os filhos com fome, quem sabe...
E aquele garoto pede distraido um cafe pra moca de avental, que sempre viu beleza no jeito que sorria quando a chamava, mas nuca falou nada, apaixonada.
Eu me apaixonei! E deixo o cafe esfriar em cima da mesa, enquanto leio os quadrinhos do jornal.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

São como pessoas, ou não...


O que são as coisas, as cousas, os mistérios e as superstições?

O que é o campo, a natureza e as cidades grandes, pulsantes?

O que é o homem afinal?

É muito difícil e ninguém tem resposta pronta. Talvez seja por que tendemos sempre a dizer qualidades e omitir defeitos ou o ego que nos persegue, sei lá.

Por isso digo que sou o que vejo, e como vejo as coisas, ou não.
Sou meus sobrinhos brincando com meu cachorro, e as crianças que jogam bolinha pro alto no semáforo. Sou um pouco das indústrias, dos carros, das fumaças e do ritmo da cidade, e sou muito mais da cachoeira que canta quando encontra as pedras no fundo do rio.
Eu sou a cerveja que os trabalhadores tomam no dia de folga, e a pinga do meio dia que o mendigo pede quando não pode comprar o almoço.
Não falo o português correto, polido, dos políticos do planalto, e sei ouvir quando o idoso me fala lições e conselhos no português do brasileiro.
Não sei de tudo, não li muitos livros e posso também não saber calcular o desvio padrão, mas sei ver quando alguém não segue o padrão social dos valores desviados pelo egoísmo, e respeito isso.
Dinheiro também não tenho muito, e me entristeço quando vejo as pessoas julgando, não seus semelhantes, mas seus iguais, pois afinal é isso que somos, de acordo com a humildade que fomos perdendo desde que deixamos de ser crianças.
Sou o sorriso que ela já me deu, e o copo quebrado que ela me atirou.
Sou o transito do meio milhão de carros das metrópoles e a carroça do homem que entrega o leite nas estradas de chão do interior de Minas.

Alem do que vejo, sou o que sinto e o que escuto. E eu que não penso muito em como as coisas foram criadas, ouço o que tem a dizer todas as pessoas e as coisas, que às vezes não falam a língua dos homens, mas escrevem palavras nos ventos, conversam entre si pela alma, e de alguma forma entram em contato também comigo.

Mas acima de tudo penso, enquanto vejo, sinto ou ouço. E nada me deixa mais feliz do que saber que as pessoas perdem alguns minutos de sua vida para ler as coisas que vejo, sinto, ouço e penso, enquanto bebo de um copo cheio de alegrias e tristezas, comigo mesmo.
Como agora.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Adicionem um título =/


Estamos em constante mudança, não importa que digam que somos os mesmos, que não mudamos ou que ainda temos as mesmas qualidades de antes.
Talvez esteja sozinho com meus princípios, ou talvez seja bobagem dizer algo que ninguém queira ouvir e que todos nós pensamos. Mas penso comigo que às vezes temos que ficar parados e não se jogar. Que às vezes temos que parar pra pensar e não agir sem parar. As vezes vale mais ficar quieto do que dizer o que sentimos.
Seja por saudade ou por ser apenas uma bobagem.
É fato que procuro beleza nas coisas mais simples. O sorriso dos meus amigos, e quando ela colocava a mão no meu rosto. Um pássaro azul que pousa sobre minha mochila quando estou deitado na grama, ou uma flor que cai no meu rosto. Um vermelho cheia de alegria, ou uma lagrima escorrendo no preto e branco das nossas vidas.
Penso ainda, no meio milhão de coisas que ainda vou fazer que vá realizar. Viver pra fazer as pessoas felizes, pra fazer as pessoas sentirem, pra fazer as pessoas pensarem, pra fazer as pessoas se embebedarem e dizer que me amam.
E talvez eu morra, e ninguém jamais leia as bobagens que sinto, nem saibam das besteiras que penso e que sonho.
Ou mesmo, posso supor que eu só queira voltar a sentir como eu sentia antes.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

hipocrisia

É tudo hipocrisia
O amor, o sentimento, a guerra, o primeiro mundo ajudando a Africa, e as negociações de paz.
O ser hurmano é hipócrita e não tem como extinguir isso.
Somos todos filhos da falsidade. estudamos isso a vida inteira, qualquer livro de história é cheio de hipocrisia. Assim como os contos de fada.
Até quem chora, está sendo hipocrita.
falei !

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Vocês.

De repente uma sensação de vazio enorme, acabou, um churrasco, algumas garrafas de vodka, os amigos, a musica que todo mundo gosta, um monte de promessas. Sim, seremos amigos pra sempre, o que a gente viveu foi bonito demais, o que a gente sente uns pelos outros é grande demais. Com certeza perderemos o contato com muitos de nós, não vamos lembrar de alguns, mas uma meia dúzia de vocês, é pra sempre. EU JURO.

Não esqueço das vezes que fizemos planos, que imaginamos como seria o futuro, ou apenas nos encontrarmos depois de alguns anos num bar qualquer, num aeroporto ou no trabalho. Lembraríamos das coisas que estamos vivendo agora, contaríamos como estão nossas vidas, e íamos rir. Íamos chorar de tanto rir. Talvez esse fosse o momento mais feliz da nossa vida.

Uma foto pra recordar esse encontro, e para comparar com a que tiramos da ultima vez que estivemos todos juntos.

E uma foto para mostrarmos aos nossos filhos e dizer: esses são meus amigos filho, foram eles que me ajudaram, foram eles que estiveram lado a lado comigo todos os dias, foi com eles que passei os melhores momentos da minha vida.
Eu amo todos vocês. EU JURO!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sei lá, talvez !


Eu devia ter falado mais alto, ter cantado naquela hora, ter tomado mais duas tequilas, ou falado oi para aquela sua amiga. Eu devia ter comprado uma moto, sentado na arei e devia ter fotografado o mar.

Ler aquele livro, dar um presente a alguém, jogar um maço de cigarros fora, dar um prato de comida a alguém que precise ou cozinhar um almoço para a família. Talvez dizer um "te amo", não esconder um "te odeio", não esquecer das coisas que penso e da pessoa que sou e também deixar de ser indiferente com tudo aquilo que sou contra.

Acho que deveria abrir uma loja e esquecer do talvez, convidar um amigo e pesar apenas os prós.

eu deveria parar de ter medo, de viver num dilema, de pensar tanto em coisas materiais, talvez se o futuro não fosse tão incerto, ou o destino tão traiçoeiro como a gente pensa, talvez eu gritasse, fosse, fizesse, abraçasse e beijasse mais vezes.

Imaginei ser livre por um dia, poder tomar qualquer atitude, dizer qualquer coisa, ser livre de rancores, tomar banho de chuva ou deixar o sol queimar a pele, o que eu faria?

Tantas frases para começar com um maldito talvez que fico desesperado. Tudo parece ser tão difícil.

Ou nós que somos fúteis e tolos, talvez.
Por Guilherme Fiordomo

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Cansaço


Eu estou cansado das mesmas musicas na radio, todas iguais há cinco anos ou mais, das frases feitas e das historias de amor convencionais e clichês. Eu tenho preguiça de ouvir a conversa de duas garotas, de olhar as vitrines num shopping e ir ao cinema, mais ainda, estou cansado desses filmes coloridos e sem vida. Cansado das pessoas não verem as coisas do jeito que eu vejo, de não verem beleza nas coisas que vejo. Estou frustrado com esses prédios atrapalhando o por do sol na minha sacada.

Estou cansado dessa selva de pedra, e de ter que fechar os vidros do meu carro. Não suporto que troquem o verde e o amarelo pelo vermelho e preto, ou alguns Mercedes e uma casas na praia pela educação de um povo, de ver um pastor tirar o direito sagrado do mínimo de cepticismo de uma multidão e comprar uma emissora de televisão para lavar dinheiro.

I'm tired of speaking English!!!!

Eu não aguento mais um monte de pessoas, vazias e descartáveis, das conversas fúteis, dos fins de semana perdidos com alguma festa chata,.

E acima de tudo tenho raiva dos milhares de pessoas, que como eu, pensam assim e não se impõem, não se unem.

Por Guilherme Fiordomo